A tradução automática é uma ferramenta para tradutores? É uma ameaça? Como a máquina sabe traduzir? Já parou para pensar que a máquina não sabe tudo? Nem o Google sabe tudo (ainda). Mas uma coisa que a máquina sabe fazer bem é aprender. E como uma máquina aprende? Ela aprende, especificamente em tradução ou produção de textos, a partir de textos escritos por humanos. Mas qualquer texto? Sim. A máquina aprende a partir de qualquer texto, e sem fazer juízo de valor ético ou humanista sobre aquele texto. Então, alimentar uma máquina que produzirá tradução automática com textos escritos quando pouca ou nenhuma atenção era dada, por exemplo, à igualdade de gênero, de quando a escravidão era uma realidade, ou com qualquer viés, pode fazer com que a máquina ajude a perpetuar estereótipos, injustiças e padrões inaceitáveis. Esta é uma das questões com as quais Sílvio Picinini lida em seu trabalho. Confira esta entrevista e aproveite para entender também o motivo de estarmos com “a alma lavada e enxaguada”. 😉

Sílvio Picinini trabalha como Machine Translation Language Specialist no eBay, na Califórnia, desde 2013. Com mais de 20 anos de experiência em Localização, trabalhou para uma empresa de tradução, em várias posições ligadas a terminologia, metodologias de medição de qualidade da tradução e MT (machine translation). Trabalhou também como tradutor in-house para a Oracle for vários anos. Sílvio tem dois diplomas de engenharia, um de elétrica e outro de eletrônica/software, ambos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Silvio gosta de trocadilhos e de cachorros.

Livro de poesias:

https://issuu.com/imperiodolivro

LinkedIn:

http://linkedin.com/in/silviopicinini

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